Estreou dia 11 de maio na NetFlix o Soldado que não existiu que reconta a história da Operação Carne Moída: Executada em 1943, quando o serviço de inteligência britânico elaborou um plano para confundir o exército alemão e, com isso, invadir a região da Sicília, na Itália, sem precisar encarar grandes confrontos com tropas inimigas.

Criada por dois agentes britânicos, a operação falava em uma invasão da Grécia para enganar os nazistas, alterando o curso da Segunda Guerra Mundial. Baseado numa história real de desinformação.

Atualmente é conhecido como o episódio mais esplêndido da história da dissimulação por permitir que a invasão da Sicília pelos aliados na 2º Guerra Mundial fosse um momento decisivo na derrotas de Hitler.

O filme mostra como encontraram um homem recém falecido, que poderia ser um oficial do exército e com a idade certa, criaram uma história de vida. Como dito no filme “O destino dependendo de um cadáver”. A tensão de como o plano pode dar errado é constante durante todo o desenrolar da trama.

O que o agente triplo faz para conseguir ter sucesso, vai chocar alguns expectadores mais sensíveis.

Para garantir que o estratagema funcionasse, eles falavam em telefones não seguros para que as mensagens fossem interceptadas pelos alemães. Tudo para que os documentos falsos chegassem ao alto comando nazista.

Após levarem o cadáver de submarino até uma região costeira da Espanha, autoridades locais logo deram um jeito de entregar cópias dos falsos documentos para o exército da Alemanha, que deslocou seus pelotões para os pontos indicados nas cartas. Com isso, a Sicília ficou realmente desguarnecida e os Aliados conseguiram fazer a sua invasão sem grandes contratempos.

Um dos idealizadores da operação é ninguém menos do que Ian Fleming, o criador da franquia 007. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi oficial do exército britânico e atuou na área de inteligência, levando parte desse seu conhecimento no fronte para suas histórias quando o conflito se encerrou.

A identidade verdadeira do cadáver permaneceu um mistério por 54 anos, até quando o governo britânico acrescentou na lápide do suposto major espião, o nome real. “Descanse em paz Glyndwr Michael, serviu como Major William Martin fuzileiro real”.