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A GUERRA DAS VACINAS DO COVID NA POLÍTICA

Qual vacina é melhor: do lado A, B ou C?


A variedade de tipos de vacinas e marcas está sacudindo o mercado farmacêutico mundial, e no Brasil, a política vem promovendo uma guerra fria (do ponto de vista da sensibilidade) para saber quem vai colher mais frutos de popularidade, custando vidas todos os dias. Lamentável essa postura.

Dúvidas como qual é a melhor, mais eficaz, polêmicas a cerca de venda a mercados privados, desvios, inflação de números de casos, quem vacinou mais ou quem começou primeiro são motivos de debates e discussões infindáveis, onde o que importa na maioria das vezes é quem tem razão: “E daí” ou “Ainda bem” são declarações que mostram como são cruéis no jogo político de interesses.

As vacinas que temos conhecimento utilizam basicamente três (3) tipos de Tecnologias: vírus inativado, vetor viral não replicante (adenovírus) e RNA-mensageiro. Diante de todo esse prefácio medonho, resolvemos pesquisar e apresentar as vacinas mais conhecidas e ao final deste artigo, um resumo de cada tecnologia envolvida.

IMPORTANTE: NÃO PODE MISTURAR OS TIPOS.

Tanto a Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz como o Instituto Butantã utilizam o IFA-Ingrediente Farmacêutico Ativo de suas respectivas fabricantes para produzir as vacinas ASTRAZENICA e CORONAVAC no Brasil. Foram autorizadas para aplicação emergencial pela ANVISA e, desde o dia 25/01/2021, estamos ao meio de uma disputa de qual tipo de vacina é a melhor. Também está em fase de testes a ButanVac desenvolvida pelo próprio instituto Butantã.


1 – PFIZER

Produzida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e o laboratório alemão BioNTech, utiliza a tecnologia RNA-mensageiro, tem um custo aproximado de R$ 105,00 (US$ 19,50) por dose. São necessárias duas para a imunização ser considerada completa. O imunizante precisa ser estocado a -75ºC – um dos grandes desafios para os países.

O portal oficial da fabricante diz que “desde 1849, a Pfizer trabalha para avançar na prevenção e em tratamentos cada vez mais seguros, eficazes e de qualidade” e está presente no Brasil desde 1952.

2 – OXFORD/ASTRAZENECA

Produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, utiliza a técnica conhecida como adenovírus

Esta foi a vacina que o Governo Federal brasileiro apostou por causa da possibilidade da transferência de tecnologia, visando a produção no Brasil pela Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz (https://portal.fiocruz.br/) e fornecimento de doses ao Ministério da Saúde. 

Seu custo está em torno de R$ 20,00 (US$ 3 a US$ 4) por dose (intervalo 3 meses). Devido ao problema em países que ainda estão imunizando sua própria população e optaram por exportar, também está sendo fabricada na Índia, causando problemas ao governo indiano que não conseguiu conciliar vacinação local com a exportação para outros países.

3 – CORONAVAC

Produzida pela Farmaceutica chinesa Sinovac, usa a tecnologia do vírus inativado e seu custo por dose gira em torno de R$ 55,00 (US$ 10,30). O intervalo entre as doses é de 28 dias e seus efeitos de proteção precisam de 14 dias da aplicação da segunda dose para alcançar sua eficácia total.

 

Esta foi a vacina que o Governo do Estado de São Paulo apostou e sua produção nacional é feita pelo Instituto Butantã, na mesma estratégia de transferência de tecnologia e fornece doses para o país inteiro.

4 – SPUTNIK V

Essa é a vacina Russa que usa um adenovírus. Produzida pelo Centro Gamaleya – Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, em seu site oficial diz ser a principal instituição de pesquisa do mundo, fundado em 1891 como um laboratório privado, a sua versão da vacina tem custo por dose aproximado em menos de R$ 55,00 (US$ 10) para mercados internacionais.

Sputnik V é a primeira vacina registrada do mundo baseada em uma plataforma baseada em vetor adenoviral humano bem estudada. O Sputnik V já está registrado em mais de 60 países.

5 – MODERNA

Produzida pela farmacêutica norte-americana Moderna usa a tecnologia RNA-mensageiro. Seu custo por dose varia entre R$ 133,00 a R$ 197,00 (US$ 25 a US$ 37).

Anúncios da fabricante pelo mundo já dizem que estão testando em crianças pequenas e bebês a aplicação da vacina. referência: https://pebmed.com.br/covid-19-moderna-comeca-testes-da-vacina-em-bebes-e-criancas/

6 – JANSEN

A vacina de uma só dose da empresa norte-americana Johnson & Johnson (J&J). Seu custo está próximo de R$ 56,00 (10 dólares) a dose única e armazenamento em refrigerador comum são atrativos que a diferenciam das suas concorrentes. Usa a técnica do adenovírus.

Em seu portal oficial (https://www.janssen.com/brasil/) informa que “No Brasil, a Janssen e o Ministério da Saúde assinaram um Acordo de Compra Antecipada para fornecer milhões de doses de sua vacina de dose única ao país. Neste momento, o fornecimento será exclusivo para o governo federal, por meio do Programa Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19”.

Continuando: “Por isso, NENHUMA PESSOA FÍSICA OU EMPRESA está autorizada a negociar em nome da Janssen nossa vacina candidata contra a COVID-19 com nenhum ente público ou privado, seja direta ou indiretamente. Fique atento! Desde o início da pandemia, a Janssen segue trabalhando em várias frentes para contribuir no enfrentamento dessa grave crise mundial de saúde pública”.

7 – COVAXIN

Produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech (https://www.bharatbiotech.com/), representada no Brasil pela distribuidora Precisa Medicamentos, em São Paulo, também usa a tecnologia do vírus inativado.

O setor privado brasileiro se interessou e tentou comprar doses para imunizar seus funcionários, paralelamente a vacinação pública. Vantagem é seu armazenamento de 2º a 8º graus.

8 – BBIBP-CorV – SINOFHARM.

Produzida pelo Grupo Sinopharm que é uma empresa farmacêutica estatal da China, está entre duas empresas farmacêuticas chinesas (a outra é a Sinovac) a ter criado a vacina por meio do método mais tradicional: utilizar um vírus inativo para desencadear uma resposta imunitária. São mais difíceis de fabricar rapidamente do que as outras e têm o potencial de causar uma resposta imunitária desequilibrada, mas têm demonstrado sucesso.


TIPOS DE TECNOLOGIAS

Ver matéria completa em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/02/03/vacinas-contra-covid-19-entenda-a-diferenca-entre-elas.htm

I – Vírus inativado cultivado e multiplicado numa cultura de células e depois inativado por meio de calor ou produto químico. O corpo que recebe a vacina com o vírus —já inativado— começa a gerar os anticorpos necessários no combate da doença. Utilizado pelo Coronavac e Covaxin, mas esta última contém uma molécula a mais – “Acrescentaram na vacina uma molécula que faz com que a resposta de linfócitos T seja aumentada. É o que a gente chama de resposta celular. É basicamente a formulação dela que difere da Coronavac, principalmente por conta desse indutor da resposta de linfócitos T”, explica.]).

II – Vetor Viral não replicante. Utiliza um “vírus vivo” conhecido como adenovirus (que causa um resfriado comum), que não tem capacidade de se replicar no organismo humano ou prejudicar a saúde. Utilizada pela Astrazenica e Spunitk V, a diferença para a de Astrazenica/Oxford é que a Sputnik usa adenovírus diferentes na primeira e segunda doses, o que, segundo especialistas, reforça a resposta imunológica…

Jansen também usa Adenovirius, MAS É APENAS UMA DOSE. Outra parte do processo envolve o código genético do próprio vírus Sars-CoV-2. Para produzir a vacina, um pedaço da proteína “S”, presente nessas espículas responsáveis pela ligação do vírus às células do corpo humano, é colocado dentro do adenovírus (que é o vetor, ou transportador)

III – RNA-mensageiro: Os imunizantes são criados a partir da replicação de sequências de RNA por meio de engenharia genética, o que torna o processo mais barato e mais rápido. O RNA mensageiro mimetiza (simula, se disfarça) a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2, que o auxilia a invadir as células humanas. Essa “cópia”, no entanto, não é nociva como o vírus, mas é suficiente para desencadear uma reação das células do sistema imunológico, que cria uma defesa robusta no organismo. MODERNA e Pfizer usam essa metodologia.


Notícia atualizada em 25/04/2021 18h03

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Comentários

Isabel Gregory

29 de Abr 2024 - 19h44

Great information shared.. really enjoyed reading this post thank you author for sharing this post .. appreciated

Vacina vencida? - Todos por Cubatão

03 de Jul 2021 - 13h48

[…] A GUERRA DAS VACINAS DO COVID NA POLÍTICA […]

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