É triste comparar as imagens do que já foi um dia a UME Estado de Alagoas, localizada no Pinhal do Miranda, e o estado em que ela se encontra atualmente. Vêm à memória as belas imagens das festas, confraternizações e do trabalho desenvolvido pelas professoras, divulgadas nas rede sociais. Que saudade…
Como sabemos, a escola foi desativada. Mas a promessa era que a escola seria demolida para dar lugar a um novo prédio, moderno, espaçoso e com todos os recursos que a comunidade precisa e merece; até agora nada foi feito.
E se as aulas presenciais voltassem no segundo semestre, onde seriam alocados os mais de 200 alunos da UME Estado de Alagoas? A construção de um novo prédio parece ser uma realidade muito distante; a reforma do anexo doado pela diretoria de ensino de Santos também não ocorreria em tempo hábil (além da demora em caso de reforma, o anexo não é apropriado para atender à faixa etária das crianças da UME Alagoas); o transporte escolar das crianças para escolas do centro da cidade seria, então, a única opção.
Mas com a remoção dessas crianças para o centro da cidade a prefeitura destruiria a identidade do bairro, os vínculos comunitários com a escola, o sentimento de pertencimento das crianças e, também, a tranquilidade das famílias, que teriam que arcar com o transtorno de verem seus filhos e filhas estudando longe de casa. Não nos enganemos: o que estamos vivendo se chama precarização do ensino público. E com a destruição das escolas públicas municipais precarizamos também a vida de toda a comunidade, comprometendo, inevitavelmente, o futuro de Cubatão.
Até quando permitiremos esse desmonte?