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Antonio Sucre: Um dos libertadores da América

Grande Marechal de Ayacucho, ficou para a história como um dos principais heróis da independência da América Latina (hispânica)


Nascido no dia 03/02/1795, em Cumaná, Venezuela, era um militar e político venezuelano, conhecido como Grande Marechal de Ayacucho e ficou para a história como um dos principais heróis da independência da América Latina (hispânica).

ORIGEM

Foi General e Chefe do exército da Grande Colômbia, Comandante do exército do Sul, chegou a Governar o Peru (23/06/1823 a 17/07/1823) e assumiu como Presidente da Bolívia (29/12/1825 a 18/04/1828) e segundo alguns relatos foi maçom.

Órfão aos 7 (sete) anos, seu pai era o Tenente Vicente de Sucre e Urbaneja com María Manuela de Alcalá e Sánchez.

Por se destacar em criar estratégias de batalhas e sua lealdade inabalável, sua trajetória como combatente merece destaque.

  • Em 1809 entrou no exercito de Cumaná.

Com 15 anos de idade interrompeu seus estudos em 1810 para se alistar nas tropas do General Francisco de Miranda e lutar pela independência da Venezuela.

  • Em 1812, aos 17 anos, ele já havia recebido o posto de Tenente e serviu com Francisco de Miranda (que vamos citá-lo mais à frente).
  • Serviu com o general Santiago Mariño em 1813 e fez parte das manobras feitas para a libertação do leste da Venezuela e estava presente quando as forças orientais e ocidentais concordaram em Aragua em 1814.
  • Ainda sob as ordens de Mariño, em 1816 foi promovido a Coronel e recebeu o título de Chefe do Estado Maior.
  • Em 1817, recebeu o posto de Comandante de Cumaná, viajou para Guayana, onde se juntou ao serviço do libertador Simón Bolívar, e no final do mesmo ano foi nomeado Governador da Guiana. Além disso foi nomeado Comandante Geral do Baixo Orinoco e teve que criar um batalhão que levaria o nome desse rio. Em outubro de 1817, estava no comando dos exércitos da cidade de Cumaná para evitar revoltas
  • Em 1819, aos 24 anos trabalhava, embora de forma provisória, como Chefe do Estado Maior. Em agosto do mesmo ano foi promovido ao cargo de Brigadeiro-General.
  • Em 1821, chegou ao posto de Chefe do Exército do Sul da Colômbia, começando com a campanha com a qual o Equador conseguiria a sua liberdade.

Em campo, participou das batalhas mais importantes que culminaram na libertação dos territórios sul-americanos sob domínio da Espanha, das quais destacamos 3 (três).

1 – PICHINCHA no Equador.

Travada em 24/05/1822, com esta vitória, o destino da causa da liberdade foi praticamente selado. Quito seria independente e todas as províncias que pertenciam à sua jurisdição não estariam mais sob o comando da Espanha, mas de si mesmas.


2 – JUNIN no Peru – Travada em 06/08/1824.

A reunião de Junín foi o prelúdio da libertação definitiva do Alto Peru, atual Bolívia. Lá, em 6 de agosto de 1824, as forças de Sucre enfrentaram os partidários do rei espanhol. Novamente eles foram vencedores.

A batalha de Junín abriu caminho para Simón Bolívar que entrou nas terras do Peru em 01/09/1823. Por isso Bolívar decidiu deixar o destino da última batalha a ser travada pela liberdade nas mãos de Antonio José de Sucre.


3 – AYACUCHO no Peru – Travada em 09/12/1824.

Considerada a última grande batalha pela liberdade do continente sul-americano, Sucre com 6.879 soldados, conseguiu a vitória contra 10.000 das tropas inimigas, constituídos em grande parte por indígenas e mestiços que eram a favor do domínio espanhol.

Por essa vitória Sucre recebeu a honra de Grão-Marechal de Ayacucho.


Essa batalha teve atos de fraternidade e generosidade que nunca serão esquecidos pelos maçons

Na noite anterior à batalha, as Lojas que funcionavam em ambos os exércitos foram chamadas separadamente para uma reunião visando encontrar uma solução que evitasse o derramamento de sangue, mas essa solução não foi possível de ser encontrada. Foi feita em seguida uma reunião em conjunto, mas também com o mesmo resultado negativo.

No dia seguinte um maçon espanhol solicitou permissão para que familiares e maçons que militavam em diferentes exércitos fossem autorizados a abraçar-se pela última vez. Uma centena de soldados sul-americanos e espanhóis avançaram para se cumprimentar; no lado esquerdo ficaram os maçons, que após se abraçarem por três vezes, participaram de uma fraternal reunião que durou quase uma hora.

Ficou o exemplo da fraternidade maçônica, que não reconhece nem raças nem nacionalidades, ainda que nas circunstâncias mais dramáticas. Terminou a batalha com a vitória do exército Sul-americano e quando o chefe espanhol, o maçon La Serna, ferido seis vezes, entregou sua espada ao General maçon, Sucre, este não a aceitou, solicitando que continuasse nas mãos do bravo militar.

As atenções que os prisioneiros e, especialmente os feridos, receberam, foi outra amostra de fraternidade extrema.


CONTINUANDO SUA TRAJETÓRIA…

Em 06/08/1825 é decretada a criação da Bolívia, formada pelas antigas províncias chamadas Alto Peru. Sucre convocou uma assembleia e com a aprovação de Bolívar o nascimento do país foi aprovado.

Sucre foi selecionado para servir como o primeiro presidente da Bolívia, ocupando o cargo por 2 (dois) anos. No exercício da função promoveu políticas de libertação de escravos, posse de terras indígenas, criação de escolas e centros de ensino superior e recuperação do trabalho.

Apesar das melhorias, os peruanos estavam insatisfeitos com a independência dos territórios que, consideravam, deveriam se submeter à sua jurisdição. As revoltas foram rápidas e Sucre renunciou a presidência em 1828.

Se estabeleceu com a família no Equador até ser chamado de volta para assumir o controle dos exércitos colombianos.


4 – TARQUI no Equador.

Teve que retornar aos campos de batalha em 1829. Assim, em 27/02/1829 Sucre liderou os exércitos da Gran Colombia, que em menos de uma hora conseguiu vencer, aproveitando que nas forças inimigas reinava a desordem e a anarquia, enquanto liderava seus militares com coordenação no ataque dos oponentes.


Antonio Sucre era Maçon?

Para conseguir mostrar que Sucre foi um maçon, além do relato da noite anterior à batalha de AYACUCHO, existem influências da maçonaria na independência dos países da América Latina, começando pelo chamado precursor educador ideológico, Francisco de Miranda, com o qual Sucre serviu no começo da carreira.

Miranda teria sido iniciado em 1780 na loja América de Virginia (USA) pelo irmão George Washington. Em 1797 fundou a Loja Grão Reunião Americana e foi quem deu a luz maçônica para Simon Bolivar e José de San Martin iniciados na Loja Legalidade de Cadíz, em 1808.

Sucre teria figurado no quadro de integrantes da Loja Perfeita Amizade n. 74, fundada em 1811 em Cumaná, Venezuela, sob os auspícios da Grande Loja de Maryland, EEUU. Apesar de não conseguir encontrar registros de sua iniciação, Sucre consta em duas listas de maçons ilustres.

1https://www.lojaindependencia.org.br/independencia/ilustres.php?loja=0&pais=V (LINK INDIPONIVEL)
2Fonte: http://renascenca339.com.br/macons-ilustres/

Teve um fim trágico em 04/06/1830 quando foi assassinado numa emboscada em Ber Morocco, na Colômbia. Segundo algumas versões, o plano foi arquitetado pelo General Juan José Flores que temia que Sucre fosse presidente do Equador. Em outras versões dizem que sua morte teria motivações políticas, regionais ou familiares ou motivação específica, ficando como um crime não esclarecido.

Havia também rumores de que os assassinos eram agentes de José María Obando, um soldado colombiano e oponente de Bolívar, mas nenhuma prova foi encontrada.

Ele seria, sem dúvidas, o sucessor do libertador Simón Bolívar.

Como é prática comum no mundo inteiro, personalidades tendem a ser homenageadas com suas fotos estampadas em cédulas de países que são conterrâneos ou que influenciaram no curso da história. Com Antonio José de Sucre não foi diferente. Em 1980 saiu uma cédula (moeda) de 10 bolivares em alusão aos 150 anos da morte de Sucre. Até o ano de 2000 a moeda que circulava no Equador se chamava Sucre.

Essa é a moeda de 100 Sucres

A cédula de 10 Bolívares da Venezuela ostenta a estampa de Simon e Sucre, emitida em 1990.

Foto: https://www.curitibaleiloes.com.br/peca.asp?ID=10024793

Outra curiosidade é que o Campeonato de futebol Libertadores da América tem esse nome em homenagem aos bravos que literalmente libertaram a América do Sul da influência espanhola, e Sucre faz parte deste seleto grupo.

Da esquerda para direita: José Miguel Carrera, Antonio José de Sucre, Dom Pedro I, Simon Bolívar e José Gervasio Artigas – Wikimedia Commons

Foto: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/historia-quem-foram-os-libertadores-da-america.phtml

BIBLIOGRAFIA


In. www.maestrovirtuale.com. Antonio José de Sucre, Grande Marechal de Ayacucho: biografia. [online] Disponível em: https://maestrovirtuale.com/antonio-jose-de-sucre-grande-marechal-de-ayacucho-biografia/. Acessado em 02/11/2022

In. www.wikifox.org. Antonio José de Sucre: Biografia. [online] Disponível em: https://www.wikifox.org/pt/wiki/Antonio_Jos%C3%A9_de_Sucre. Acessado em 02/11/2022

In. www.iela.ufsc.br. Sucre e Bolívar, uma amizade: 17 de Fevereiro de 2020, por Elaine Tavares. [online] Disponível em: https://iela.ufsc.br/noticia/sucre-e-bolivar-uma-amizade. Acessado em 02/11/2022

In. www.britannica.com. Antonio José de Sucre: South American leader. [online] Disponível em inglês em: https://www.britannica.com/biography/Antonio-Jose-de-Sucre. Acessado em 02/11/2022

In. www.freemason.pt. A Batalha de Ayacucho. [online]. Disponível em: https://www.freemason.pt/batalha-de-ayacucho/. Acessado em 02/11/2022

In. www.blogoaprendiz.blogspot.com. A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DOS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL. [online] Disponível em: https://blogoaprendiz.blogspot.com/2017/10/onicos-e-os-outros-acontecimentos-para.html?m=1. Acessado em 02/11/2022

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