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O dilema do Poliesportivo: investir no alto rendimento ou esporte de base?

Motivos da cessão foram apresentados em projeto de lei.


No dia 06/04 foi recebido na câmara o PL que trata da cessão do Poliesportivo Roberto Dick, elencando as desvantagens em manter o equipamento e os benefícios de transferir à iniciativa privada.

Lendo as justificativas do projeto, é possível extrair que criou-se um dilema de escolher entre investir no esporte de base ou de alto rendimento. O PL também afirma que a cidade passará a dispor de equipamento moderno para eventos esportivos-culturais, fomentando o turismo e a arrecadação de impostos.

Mas a população vai poder usar livremente ou será totalmente privado?

Foto 2013: https://marcuscabaleiro.blogspot.com/2013/12/pista-de-atletismo-cubatao.html

No projeto de lei, os motivos que ensejam a transferência do Poliesportivo são que o local encontra-se:

  • Deteriorado e a reforma para prática de alto rendimento é muito caro e a cidade não tem esse dinheiro disponível;
  • Obsoleto para treinamentos adequados e não atende as qualidades exigidas por atletas de alto rendimento;
  • Sem vantagem logística-operacional para receber eventos nacionais e internacionais;
  • Deficitário porque custa cerca de R$ 1 milhão por ano para manter e não gera nenhum tipo de receita;
  • Ocioso pela baixa quantidade de usuários: média de 100 pessoas por mês para 42.000 m2;

Além disso, fala que várias competições têm migrado para outras cidades por faltar capacidade estrutural para atrair e gerar receita de turismo esportivo. E por fim, usar o espaço para shows como fonte de receita não dá e já tem o Kartódromo para isso.

Já os benefícios elencados são:

  • Modernização do conjunto sem custo para cidade;
  • As receitas da exploração e a valorização do imóvel contribuirão para incremento do desenvolvimento de políticas públicas;
  • Possibilidade de investimento no esporte de base, expandindo as atividades esportivas (escolinhas de futebol, esportes olímpicos, etc) que é a atual necessidade e faltam equipamentos.
Foto capa: https://primeirotextounisanta.wordpress.com/2016/06/11/falta-de-patrocinio-afeta-esporte-em-cubatao/

Mas o X da questão parece estar nas condições desta transação!

  • PRAZO DE VIGÊNCIA de 30 anos e prorrogáveis por igual período.
  • Imóvel não poderá ser alienado a terceiros, sem autorização do município. Quer dizer que vai em algum momento ele poderá ser vendido?
  • A CONTRAPARTIDA é no montante de 30% do valor do imóvel, pagos por meios de obras e serviços.
  • O OBJETO é a construção de um Centro de Treinamento e um Campo Oficial de Futebol, além de manutenção;
  • Os prazos para INÍCIO e cumprimento constarão da licitação, na modalidade de concorrência.

Esperamos que não ocorra o mesmo que ocorreu com a área da Vila Parisi onde uma empresa ocupa área de mais de 400 mil m2 pagando aluguel mensal próximo de 10.000,00, subloca para outras empresas, não paga IPTU e as contrapartidas não são tangíveis à população cubatense. Caso já foi objeto de CEI em 2014 e CEV em 2017, mas segue sem uma definição satisfatória.

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Comentários

To tài khon binance

09 de Jun 2024 - 01h15

Your article helped me a lot, is there any more related content? Thanks!

Cubatão pretende ceder Poliesportivo por R$ 18 milhões em obras - Todos por Cubatão

26 de Ago 2022 - 18h56

[…] O dilema do Poliesportivo: investir no alto rendimento ou esporte de base? […]

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