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Blockchain: O que é e como ela mudará o seu futuro!

Uma tecnologia nova, com poucos anos de existência e que já possibilitou muito avanço na tecnologia descentralizada.


A blockchain é um banco de dados armazenado de forma pública, sem um controle central. Foi citado pela primeira vez em 2008 com intuito de distribuir a informação de maneira transparente e auditável.

Os principais usos da tecnologia estão nas criptomoedas, rastreamento de produtos, armazenamento de arquivos digitais e registro de contratos e certificados.

O que é blockchain?

A blockchain é um método específico de armazenamento de dados em banco de dados distribuído, contendo uma cadeia de blocos ordenados de forma cronológica com criptografia de todas as informações. Os dados são armazenados em um bloco, que se vincula a outros blocos da mesma cadeia através do código hash, sentre mantendo-os conectados.

Imagem: https://www.amd.com/

A blockchain é considerada como um livro-razão descentralizado digital (uma lista de registros eletrônicos que cresce continuamente), podendo armazenar qualquer tipo de dado, com o maior uso em armazenamento de dados de cripto, como Bitcoins, NFTs e outros.

Arquitetura da rede blockchain

Em sua arquitetura, as blockchains combinam descentralização e distribuição, uma vez que oferece a possibilidade de descentralização onde aplicada mas utiliza um método de distribuição para operar.

Modelos de bancos de dados: centralizado (A), descentralizado (B) e distribuído (C). Fonte: HOELSCHER, 2014 – Adaptado.

A diferença entre os três modelos é resumida em questão de autoridade:

A (Centralizada) – Uma autoridade central controla tudo o que ocorre dentro da rede: transações, segurança, processamento de dados, etc.

B (Descentralizada) – A responsabilidade por controlar os dados da rede e mante-la funcionando está dividida entre múltiplas autoridades, cada uma constitui um node (nó).

C (Distribuída) – É o modelo completamente distribuído, no qual a rede é formada exclusivamente por nodes. A responsabilidade pela existência e pelo funcionamento da rede é distribuída por diversos nós, sem que haja relação de autoridade entre eles.

As redes de blockchain operam no modelo distribuído (C) e, portanto, consistem em uma rede de computadores na arquitetura peer-to-peer (P2P).

Distribuided ledger, imutabilidade e segurança

Para que a rede blockchain funcione, cada node deve possuir uma cópia idêntica do banco de dados em seu armazenamento. Tal banco de dados é chamado de distribuided ledger (registro distribuído).

Qualquer edição ao banco de dados da rede fica submetida a análise dos demais nodes participantes da rede, e para ser aceita precisa ser aprovada pela maioria. Sendo assim, para que uma informação seja alterada, mais da metade dos outros nós da rede devem receber sua mudança e aceitá-la, tornando o processo praticamente impossível, e consequentemente, tornando os dados imutáveis, garantindo a segurança das informações.

Os blocos da blockchain

A blockchain utiliza blocos para armazenar seus dados em diversos nós, como dito anteriormente, por isso esses blocos devem ser encaminhados para seus nós e armazenados para permitir a imutabilidade, mas para que um bloco seja armazenado em todas as redes, ele precisa passar por um processo de validação, tornando-o válido e permitindo que suas informações sejam armazenadas.

Cada bloco da blockchain hash criptográfico (uma sequência exclusiva de letras e números) únicos (um hash para cada bloco). Além do hash, cada bloco contêm o hash do bloco anterior, prevenindo assim que dados sejam inseridos entre blocos já existentes.

Imagem: https://www.amd.com/

Posteriormente, outros blocos serão adicionados à rede, um após o outro, formando uma cadeia de blocos, ou uma blockchain.

Imagem extraída do Whitepaper do Bitcoin. É o hash que torna cada bloco único. Fonte: Bitcoin.org.

Vantagens da blockchain

O que torna a tecnologia blockchain tão atraente é que ela elimina a necessidade de confirmar em uma terceira e contribuem para a desburocratização de processos.

Alguns exemplos de aplicação da blockchain que facilitam o entendimento de suas vantagens:

1. Dinheiro digital

O exemplo mais famoso de aplicação de blockchain, a tecnologia permite o envio de dinheiro digital de uma parte à outra, sem a necessidade de um intermediário. Cada uma das transações é armazenada dentre os nós da rede através dos blocos e não pode ser alterada.

2. Bancos de dados compartilhado

Em algum caso onde um grupo de empresas deseja realizar o armazenamento de dados, o uso da blockchain permite que os dados sejam compartilhados em tempo real através de seus nós, garantindo que não poderão sofrer alterações por nenhuma das partes envolvidas sem o consentimento das demais.

3. Direitos autorais

Um músico pode inserir sua composição na blockchain, como uma NFT e possuir direitos autorais digitais de sua criação, dispensando o procedimento de registro de sua obra, além de possibilitar uma distribuição muito mais simples, rápida e rentável.

4. Privacidade

Uma aplicação pode utilizar a rede blockchain para armazenar dados sensíveis, que mesmo distribuídos entre os nós, estarão criptografados, permitindo apenas que a origem consiga descriptografa-lo.

5. Economia

Com o uso da blockchain na rede certa, o custo por armazenamento de dados é muito baixo ou zero, permitindo que uma quantidade grande de dados seja armazenada com uma economia maior ainda quando comparado aos bancos de dados tradicionais.

Evolução da tecnologia blockchain

Fonte: https://www.tectonia.com.br/

1ª Geração – o Dinheiro Virtual

A blockchain é uma opção perfeita para o uso em finanças, entregando imutabilidade e descentralização.

Cada transação fica armazenada na rede distribuída, sendo imutável, podendo enviar dinheiro de uma parte para a outra sem depender de um intermediário (como uma empresa bancária).

É essa a ideia que está na origem de todas as criptomoedas: o Bitcoin. Passados mais de dez anos de sua criação, ninguém foi capaz de alterar os dados de sua rede.

O Bitcoin é conhecido como uma blockchain de 1ª geração, basicamente podendo armazenar apenas transações.

2ª Geração – Contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (dApps)

Após o crescimento do Bitcoin, os desenvolvedores começaram a perceber que seria possível armazenar outros tipos de dados na cadeia de blockchain, indo muito além de dados de transações financeiras.

O mais famoso exemplo de blockchain de 2ª geração é a rede Ethereum, contendo nela o Ether (ETH), segunda criptomoeda em capitalização de mercado, atrás apenas do Bitcoin.

O maior avanço da rede Ethereum para a do Bitcoin, é que ela permite que exista qualquer tipo de dados armazenado na blockchain, além do fato de ser construída em código-aberto e em uma linguagem facilmente programável, possibilita o desenvolvimento de diversas aplicações que se beneficiam da rede para armazenar seus dados.

Como essas aplicações não ficam armazenadas em um computador central, ela recebe o nome de aplicativo descentralizado.

Além disso, outra inovação da 2ª geração são os smart contracts (contratos inteligentes), que são algoritmos que funcionam como contratos sem intermediários entre duas ou mais partes. O benefício dessa forma de contrato está no armazenamento de dados na blockchain.

3ª geração – O futuro da blockchain

A geração que permitirá a blockchain escalabilidade, interoperabilidade e maior privacidade, com o surgimento de diversas outras redes inspiradas nas gerações anteriores (e também na mesma), desenvolvendo novos recursos, melhorias de privacidade, escalabilidade e interoperabilidade.

O poder de ir além

A blockchain é uma tecnologia nova, com poucos anos de existência e que já possibilitou muito avanço na tecnologia descentralizada, embora ainda esteja no estágio de formação, o enorme potencial de tecnologia demonstra um valor substancial e exclusivo.

O futuro da blockchain promete ser ainda mais revolucionário e permitir cada vez mais que a descentralização seja um padrão aceito por toda a comunidade onde será aplicada, até um dia se tornar, talvez, o padrão mundial para armazenamento de dados de forma segura, eficiente, imutável e privada.


Notícia atualizada em 20/06/2022 15h47

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Comentários

Alexandre de Oliveira Mesquita

20 de Jun 2022 - 22h07

O assunto ainda que bem explicado como no texto acima, gera inúmeras perguntas. Contudo, é inevitável olhar para essa tecnologia como fantasticamente inovadora e potencial em vários aspectos. A capacidade de se trabalhar com redes descentralizadas, coloca a interoperabilidade no seu potencial máximo. Painéis de automação elétrica com proteções muito mais confiáveis, veículos elétricos em cidades tecnológicas trocando informações entre si, internet das coisas "papeando" livremente e confiavelmente. Enfim, potencial infinito! Parabéns pelo texto.

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